domingo, 10 de maio de 2009

O Berço do mundo




O ser que emerge das águas
Transforma o corpo,
Muda a visão da vida,
Enche o campo de flores.

É o pequeno mundo
Que sem pretensões chega
E sem mais ver
Dá um novo sentido de ser.

De ser um tudo
Sem contudo ainda ser.
Ser que se desmancha de zelo,
Para o novo que já deseja ver.
E sente o dia ensolarado
Chuvas caindo em telhados
Frio e calor em um corpo
Transmudado.

Já não há a outrora beleza
Nem a segurança da mocidade.
Em seu lugar um enjôo,
Um mal estar e um desejo.
Há a ânsia e a incerteza
Que não dura muito
Só nove meses
Nesta nova beleza

Estavas já mãe desde criança
E mãe serás para sempre,
De teus filhos, outros filhos fecundo
Porque de Deus ganhaste confiança
De com Ele embalar um berço
E de tuas mãos gerar o mundo.

4 comentários:

Ariane Rodrigues disse...

Este aqui foi arrebatador!

Beatriz disse...

Esse mal estar veio do mundo. De tanto andar nele. O transitório aqui transmudado e cumprindo o .
Eu sei de chuvas, calor e frios, de telhados que me portegem e assustam

Mazé disse...

Obrigada Ariane, vindo de você comentário tão efusivo realmente vale.

Maze disse...

Não só assusta a você querida Compulsão, assusta a muita gente, principalmente os solitários das noites que de telhados só tem o céu no frio das ruas...felizmente também transitórios que transmuda sempre rumo ao tempo que se cumpre na terra.
Bjs