sexta-feira, 17 de outubro de 2008

TEATR'ANDO


Subí no palco da vida para ir além da vida,
disfarçar as dores, reforçar a alegria,
desfrutar convívios, dividir a interior harmonia.

Subí no palco para fazer acontecer
os sonhos que há na cabeça,
trilhar passos na sandália de dedos
e nas mãos vazias.

Subí no palco para não ir além da humildade de saber
que tudo é uma permuta, tudo é energia,
fonte primeira de criação de um novo ser
que em sí mesmo rí, chora, entristece e se alegra
se recusa e se dá, morre e renasce:
em cada ato,
em cada peça
que a vida prega.

Subí no palco onde se pode viver
a sintonia entre palco e platéia, onde todos são atores
e personagens do grande teatro
onde Deus é o Diretor.


( Uma homenagem à todos os atores independentes que buscam transformar este país num lugar mais agradável de viver, em especial a Romualdo Freitas.)

Um comentário:

Ariane Rodrigues disse...

Há que se subir no palco da vida, ser protagonista dela e não apenas coadjuvante, mas também é necessário saber ir aos bastidores, se esconder nas coxias, outras vezes descer do palco e contemplá-lo ao longe, dar espaço aos outros e também aplaudí-los.